Em um cenário global de constantes transformações e incertezas econômicas, uma verdade se torna cada vez mais cristalina para empresas brasileiras: é hora de buscar novos mercados. O recente anúncio de tarifas inéditas pelo governo americano serve como um alerta vermelho, lembrando que clientes podem mudar estratégias a qualquer momento, afetando o que parecia estável. “A diversificação de clientes é a melhor blindagem para qualquer tipo de empresa, especialmente em um ambiente de constante transformação e incertezas. E isso vale mesmo para quem não exporta”, afirma Delton Batista, presidente do LIDE Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A dependência excessiva de poucos mercados ou clientes pode ser fatal. “Clientes por diversas motivações podem mudar sua estratégia e rever seu planejamento a qualquer tempo, afetando o que parecia estável”. Quando isso acontece, o impacto nas organizações vai depender do nível de dependência que se tem do comprador. Mesmo empresas que não exportam podem absorver aprendizados sobre a relevância de rever seu nível de dependência, não apenas de clientes, mas também de segmentos de mercado e regiões geográficas de atuação.
O Brasil já possui exemplos concretos de como a diversificação gera resultados extraordinários. A Portobello América, unidade do grupo instalada no Tennessee, onde Delton participou da inauguração, exemplifica essa estratégia vitoriosa. Outro case emblemático é o da Global Eggs, liderada por Ricardo Faria, que se tornou líder no Brasil, líder em diversos países da Europa, e adquiriu por mais de US$ 1 bilhão uma tradicional empresa americana, assumindo a segunda posição como player global do setor.
O Sistema LIDE tem desempenhado papel fundamental nessa jornada, intensificando fóruns e conexões internacionais em cidades globais como Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, França, Inglaterra, China e Estados Unidos. “O LIDE é mais do que um grupo que promove conteúdos exclusivos e relacionamento de altíssimo nível. É um grupo empresarial multisetorial que promove ações comerciais de negócios entre países e empresas”, explica Delton, que recentemente apresentou o ecossistema empresarial do Sul do Brasil em Mumbai, centro financeiro da quarta maior economia mundial.
Para o executivo, chegou a hora de uma transformação radical: “Nossas empresas, referências em excelência de seus produtos e serviços, precisam agora rapidamente se tornar também referências em marketing e vendas”. O potencial brasileiro é subutilizado. “Nossas empresas podem mais e melhor. Podem e devem abrir novos clientes, ingressar em novos mercados, explorar mais as regiões do Brasil e suas potencialidades, e também conhecer o mundo”, destaca. “A inovação comercial é a nova prioridade para as organizações, e consequentemente para os países, se desenvolverem nesta nova economia,” conclui Delton.