19/11/2025 às 19:47 Capa

Condor - Quando tradição e inovação se encontram 

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A Condor atravessa quase um século mantendo-se relevante, competitiva e, sobretudo, humana. Alexandre Wiggers e seus executivos revelam como valores, estratégia e pessoas constroem uma empresa preparada para o futuro.

Há empresas que atravessam décadas. Outras, que atravessam gerações. E há aquelas raras que conseguem fazer as duas coisas sem perder a capacidade de se reinventar a cada ciclo. A Condor é uma dessas exceções. Com 96 anos de história, a companhia catarinense que nasceu no interior de Santa Catarina não apenas permaneceu relevante — ela se tornou uma potência nacional com presença em todas as cidades brasileiras e exportação para mais de 20 países.

Mas o que sustenta uma trajetória dessa magnitude? A resposta não está apenas nos números — um portfólio de mais de 2.000 itens, investimentos de R$ 110 milhões em tecnologia nos últimos cinco anos, projeção de alcançar R$ 1 bilhão em faturamento —, mas especialmente na forma como a liderança da Condor enxerga pessoas, processos e propósito como partes inseparáveis de uma mesma equação.

“São quase 100 anos de história e a Condor sempre esteve entre as principais marcas do setor, buscando inovação, mas mantendo nossa cultura que tem como essência as pessoas no centro”, afirma Alexandre Wiggers, diretor presidente da companhia, em seu escritório na sede em Santa Catarina. “Investimos muito em desenvolvimento e formação dos nossos colaboradores”, complementa, deixando claro desde o início da conversa que, para a Condor, tecnologia e humanização caminham lado a lado.

O momento que mudou tudo

A pandemia de COVID-19 foi, segundo Wiggers, o momento mais desafiador de sua trajetória à frente da empresa. “As incertezas para o negócio, os riscos com a saúde das pessoas, vários negócios sucumbindo. Esse momento nos empurrou para ações disruptivas”, relembra o executivo, “Mudamos a operação para dar segurança às pessoas e, com muita dedicação da equipe, continuamos fornecendo nossos produtos que foram classificados como essenciais.”

A crise acelerou transformações que já estavam no radar, mas que ganharam urgência. “A liderança precisou se ajustar, adotando modelos mais ágeis, mais delegação, uma forma diferente de acompanhar as equipes. Desde lá esse novo modelo se aprimorou”, conta Wiggers. Foi também nesse período que o modelo de comitês — grupos multifuncionais que tomam decisões de forma compartilhada — ganhou ainda mais força, reforçando o compromisso da empresa com a gestão colaborativa e a formação de líderes.

A força que vem das pessoas

Wiggers é enfático ao falar sobre o que diferencia a Condor no mercado: “São as pessoas que tomam decisões. Uma equipe capaz, atenta, organizada potencializa os resultados.” Essa convicção se traduz em práticas concretas de valorização humana, trabalho em equipe e governança madura, com um modelo que envolve acionistas organizados, conselho de administração ativo e grupos de executivos alinhados.

Com mais de 1.700 colaboradores, a Condor mantém um ambiente que valoriza o que chamam internamente de “Jeito Condor de Ser” — uma filosofia que permeia desde o chão de fábrica até as decisões estratégicas do conselho. “Nossa região tem um espírito muito empreendedor. As pessoas aqui são comprometidas, disciplinadas, e isso faz muita diferença”, analisa o presidente. “Isso nos motiva a continuar investindo.”

E esse investimento se materializa em presença: a Condor está em todas as cidades do país, em milhares de lares, levando produtos que fazem parte da rotina de milhões de brasileiros — dos produtos de higiene bucal às ferramentas de pintura, dos utensílios de limpeza doméstica e profissional aos acessórios de beleza.

Produtos que carregam emoção

Transformar presença em afeto: esse é o papel do marketing na Condor. Para Fernanda Djanikian, diretora da área, o desafio vai muito além de comunicar benefícios funcionais. É sobre criar conexões reais com o consumidor. “Mostramos o valor emocional que existe nos gestos simples, naquele momento de se arrumar, de cuidar da casa ou de quem a gente ama. O marketing transforma presença em afeto”, resume.

A estratégia da empresa parte do entendimento de que cada produto carrega uma história, um momento, uma emoção. Por isso, a área de marketing atua com três pilares fundamentais: confiança, criatividade e acessibilidade. “Buscamos estar próximos do consumidor, entendendo suas novas rotinas e expectativas. Depois, traduzimos esse olhar em itens e campanhas que façam sentido na vida real”, explica Fernanda.

Essas entregas se apoiam em escuta ativa, dados e sensibilidade. Da escolha dos materiais à forma de apresentar as linhas nos pontos de venda, tudo é pensado para tornar a experiência do consumidor mais fluida, intuitiva e agradável. “Trabalhamos para que a identidade da marca seja percebida com clareza, consistência e emoção em cada detalhe.”

Com quase 100 anos de história, a Condor carrega o compromisso de honrar seu passado inovando continuamente. Para Fernanda, manter-se relevante exige conexão com o presente e visão de futuro. “A estratégia está em constante evolução. Os pilares continuam os mesmos, mas as formas de comunicar, se relacionar e impactar as pessoas mudam, e nós mudamos junto com elas.”

Fernanda Djanikian está entre os 50 executivos de maior destaque do ano no setor de varejo, segundo o ranking da 7th Experience de 2024. Com mais de 25 anos de experiência no mercado brasileiro e vivência internacional no Chile, a executiva é graduada em Administração de Empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e tem especialização e MBA em Marketing pela FGV/SP e pela ESPM. Na Condor desde maio de 2020, lidera estratégias de aceleração digital e fortalecimento da experiência do consumidor final, desenvolvendo projetos de renovação como o licenciamento de produtos Disney 100 e Barbie – O Filme, além da ampliação do portfólio sustentável com a linha ECO. Foi responsável pela renovação da identidade visual da marca, concluída após dois anos de trabalho, modernizando a empresa quase centenária sem perder sua essência Condor.

Excelência que se vê nos resultados

Do ponto de vista operacional, a excelência é garantida por uma combinação de tecnologia avançada e qualificação constante. "A constante introdução de máquinas e equipamentos com tecnologia avançada em nossas fábricas, mais a qualificação da mão de obra através de contínuos treinamentos, o uso das normativas ISO 9001 inseridas no nosso SQTC — Sistema da Qualidade Total Condor — e o monitoramento informatizado dos processos produtivos nos traz excelentes níveis de performance, produtividade, custos reduzidos e qualidade assegurada", detalha Elzo Duda, diretor de operações.

Os investimentos recentes em tecnologia, que somam aproximadamente R$ 110 milhões nos últimos cinco anos, visam a revitalização do parque fabril para ganhos de produtividade e redução de custos. “Todas as nossas máquinas injetoras e extrusoras estão munidas de alimentadores e dosadores automáticos para polímeros e pigmentos. Além disso, adquirimos máquinas tufadeiras de fabricantes europeus — Alemanha e Bélgica — com excelente nível de automação e robótica, acompanhando os projetos mais atuais do segmento”, explica Duda. As injetoras, de fabricantes da Itália e Áustria, estão qualificadas com sistema avançado de redução do consumo de energia elétrica (Eco Drive) e referenciamento da Indústria 4.0, permitindo conexão online entre cliente e fornecedor, se necessário.

Para o diretor, o papel da liderança operacional vai além da gestão de processos. "A busca contínua pela excelência através da identificação de projetos inovadores, a assertividade na escolha dos investimentos e o engajamento da equipe são combustíveis para a retenção e atratividade de talentos. É necessário respirar e transpirar a evolução — tudo muda velozmente e acompanhar essa constante mudança é um dos importantes compromissos do líder operacional", conclui Elzo.

Com quase 40 anos de dedicação à Condor, Elzo Duda construiu sua carreira acompanhando a evolução tecnológica e operacional da empresa . Profissional voltado para resultados, possui ampla experiência em gestão de processos e formação pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Sob sua liderança, a área operacional investiu R$ 110 milhões em tecnologia nos últimos cinco anos, incluindo máquinas tufadeiras de fabricantes europeus com alto nível de automação e robótica. Duda defende que a excelência operacional vai além da tecnologia: depende da qualificação contínua das equipes, do uso de normativas ISO 9001 e do engajamento genuíno dos colaboradores. Também é referência em práticas ESG, destacando o compromisso histórico da Condor com sustentabilidade. 

Inovação que conecta produto e mercado

À frente da unidade de Ferramentas para Pintura e também da diretoria comercial das linhas de Limpeza, Higiene Bucal e Beleza, Gabriel Blochtein Burd traz uma visão integrada sobre como inovação, mercado e relacionamento constroem resultados sustentáveis. Com experiência nas áreas de vendas, marketing e financeira, ele enxerga o produto sob a ótica do mercado, seja no varejo, no consumo ou nas diferentes dinâmicas de cada canal. Essa vivência prática tem sido essencial para traduzir a escuta do consumidor em soluções que entregam valor real, com ergonomia, praticidade e desempenho.

Nos últimos anos, o desempenho da divisão de Ferramentas para Pintura tem sido impulsionado por três pilares estratégicos: inovação contínua, proximidade com o mercado e expansão comercial. A Condor fortaleceu sua presença junto a pintores profissionais, lojistas, distribuidores e atacadistas, participando de feiras, eventos e pesquisas de campo. “Essa escuta ativa nos permite desenvolver ferramentas que realmente fazem diferença no dia a dia da obra e que refletem o que o profissional precisa”, explica Gabriel.

A sustentabilidade é outro eixo essencial da estratégia. Lançamentos como a Condor EcoLiga, os paint cases que reduzem o consumo de água e tinta, e o pincel de cabo curto, criado a partir das necessidades relatadas por pintores, são exemplos de produtos que aliam desempenho e consciência ambiental. Na linha de Pintura Artística, a empresa apostou em pincéis ergonômicos com cabos triangulares de polipropileno e palha de trigo, um material que diminui o uso de plástico e oferece conforto e estabilidade ao artista.

Além das inovações em produto, investimentos em tecnologia e infraestrutura ampliaram a produtividade e a eficiência operacional da unidade. A implantação de um novo Centro de Distribuição dedicado e a modernização dos equipamentos elevaram o nível de serviço e a capacidade de resposta da Condor. “A inovação na Condor é transversal e atua como um catalisador para conectar desafios reais a novas tecnologias e oportunidades”, afirma Gabriel. Por meio do programa de aceleração de startups, a companhia tem incorporado soluções que otimizam processos, reduzem custos e antecipam tendências de mercado.

Com um olhar voltado também para a internacionalização, a Condor segue expandindo sua presença, especialmente na América Latina. Essa estratégia vem consolidando resultados sólidos e sustentáveis, reforçando o protagonismo da marca no setor de pintura.

“Inovar é ouvir, testar e ajustar”, resume Gabriel. “É entender o que acontece na ponta, no uso de um pincel, na gôndola do PDV ou na experiência de quem escolhe a Condor.”

Gabriel Blochtein Burd, 43 anos, natural de Porto Alegre, acumulou experiência internacional desde 2011 na AkzoNobel, trabalhando em países como Inglaterra, Estados Unidos, Holanda e China. Formado em Marketing pela ESPM e com MBA pela Babson’s FW Olin Graduate School of Business (EUA), atuou nas áreas de Vendas, Marketing, Planejamento Estratégico e Finanças. Chegou à Condor em 2022 para assumir a direção do negócio de ferramentas para pintura dando continuidade ao trabalho de Ervino Blodorn, que se aposentou após 45 anos na companhia . Seu perfil cosmopolita — já viajou para mais de 58 países em cinco continentes — traz uma visão global para a expansão da marca, especialmente nas exportações e no segmento de pintura imobiliária. Recentemente, Gabriel também assumiu a Diretoria Comercial das categorias de Limpeza, Higiene Bucal e Beleza (LHB), fortalecendo a integração das frentes comerciais e estratégicas e ampliando suas responsabilidades na empresa.

Solidez financeira com visão de futuro

Na Condor, a solidez financeira é fruto de um planejamento estratégico que equilibra história e visão de longo prazo. À frente da área administrativa e financeira, Gilson Gugelmin explica que o crescimento sustentável da companhia está ancorado em dados, governança e decisões estruturadas. “Gerar caixa com consistência, acompanhando os indicadores de perto e com o máximo de granularidade, é o que nos permite crescer com segurança.”

Essa disciplina financeira está integrada a um modelo de governança maduro, construído ao longo de décadas. A organização dos acionistas, iniciada quase 30 anos, deu origem a uma estrutura com conselho de administração ativo e comitês que tratam dos temas mais relevantes com agilidade e profundidade. “É um modelo que garante estabilidade na tomada de decisão e foco no que realmente importa”, afirma Gilson.

Essa base sólida permite que a empresa projete, com confiança, metas ambiciosas, como a de alcançar R$ 1 bilhão em faturamento nos próximos anos. A combinação entre o legado de uma empresa familiar e a profissionalização da gestão tem sido o motor para transformar esse objetivo em realidade.

“Crescimento com responsabilidade é parte do nosso DNA”, resume Gilson. “E para isso, é preciso ter uma estrutura que sustente decisões consistentes, mesmo diante de cenários desafiadores.”

Gilson José Gugelmin é um exemplo de crescimento orgânico na Condor. Com 26 anos de casa, começou sua trajetória como auxiliar de estoque e foi crescendo à medida que respondia aos desafios da empresa, ocupando posições cada vez mais estratégicas até chegar ao posto de Diretor Administrativo e Financeiro. Sua gestão abrange Controladoria, Tesouraria, TI, FP&A e Jurídico. Gugelmin destaca que sua missão é assegurar que a Condor continue liderando o mercado, expandindo sua presença global com solidez e sustentabilidade. “Acredito que o sucesso de uma empresa está enraizado na sua capacidade de inovar, conectar e gerar valor em cada ação”, afirma o executivo, que teve a mentoria de grandes líderes internos e visão para ascender na carreira, colocando em prática valores congruentes aos da companhia.

Desenvolvendo líderes para o futuro

E quando o assunto é gente? Adriana Cristine Zellner, gerente de Gente e Gestão, detalha os pilares que sustentam o desenvolvimento de lideranças: os Impulsionadores Condor. “São comportamentos e atitudes essenciais para o sucesso coletivo: Eu Comigo Mesmo, Aprendendo a Aprender, Sendo Inspiração, No Caminho Certo, Fazendo Acontecer, Saindo na Frente e Conectando Gente.”

Cada um desses impulsionadores funciona como uma bússola para orientar decisões e comportamentos no dia a dia. “Eles não são apenas conceitos abstratos. São traduzidos em ações práticas, desde o processo seletivo até as avaliações de desempenho e os programas de reconhecimento”, explica Adriana. A partir desses direcionadores, a empresa realiza assessments periódicos e estrutura planos de desenvolvimento individual, programas coletivos e ações voltadas ao plano de sucessão.

“O ‘Jeito Condor de Ser’ representa essa forma de agir no dia a dia, valorizando a escuta ativa, o diálogo aberto e o engajamento genuíno”, diz Adriana. Com mais de 1.700 colaboradores, o desafio de manter todos conectados ao propósito da empresa é constante. Para isso, a Condor investe em reconhecimento, benefícios, parcerias e, principalmente, em programas de desenvolvimento que promovem o engajamento entre diferentes gerações. “Cultivamos um ambiente onde cada pessoa se sente parte de algo maior, onde sua contribuição é valorizada e seu crescimento é incentivado”, complementa a gerente.

Adriana Cristine Zellner é a responsável por traduzir a cultura da Condor em práticas concretas de desenvolvimento humano. Como Gerente de Gente e Gestão, estruturou os “Impulsionadores Condor” — sete pilares comportamentais que orientam decisões e ações: Eu Comigo Mesmo, Aprendendo a Aprender, Sendo Inspiração, No Caminho Certo, Fazendo Acontecer, Saindo na Frente e Conectando Gente. Esses direcionadores não são apenas conceitos abstratos, mas se traduzem desde o processo seletivo até avaliações de desempenho e programas de reconhecimento. Contribuiu com a estruturação dos “Impulsionadores Condor”. Com mais de 1.700 colaboradores para engajar, Adriana lidera programas que promovem o encontro entre diferentes gerações, cultivando um ambiente onde cada pessoa se sente parte de algo maior e tem seu crescimento incentivado através do “Jeito Condor de Ser”.

Inteligência logística como vantagem competitiva

Na área de supply chain, a integração é a chave para garantir que os produtos da Condor estejam disponíveis em todos os pontos de venda do país. "Entendemos que precisamos entregar uma solução completa para os nossos clientes e consumidores, portanto o foco está voltado para o pós-venda, priorizando a disponibilidade dos nossos produtos", explica Cleison Adinon Alves, gerente de Supply Chain. "Dessa forma nossos clientes rentabilizam seus negócios e os nossos consumidores têm atendidas suas necessidades."

Com um portfólio amplo e presença nacional, a eficiência da cadeia de suprimentos exige mais do que controle operacional — demanda visão estratégica. "A expertise de times focados além de tecnologias compõem nossas soluções. A integração entre as mais diversas áreas da empresa e a proximidade e parceria com nossos fornecedores é um fomento para oportunidades e inovação", detalha Cleison.

A empresa conta com um sistema de dados e informações robusto, além de ferramentas que facilitam a conexão entre áreas. "Estamos trabalhando nesse momento no fortalecimento dos nossos processos de S&OP e S&OE e os seus rituais envolvidos, transformando nosso planejamento de demanda ainda mais robusto e eficaz tendo por consequência a elevação do nosso nível de SLA", explica o gerente.

Para Cleison, a supply chain vai muito além da redução de custos. "Uma visão ampliada do negócio e a conexão com tecnologias e inovações é fundamental. À medida que conseguimos trazer eficiência em nossas operações das mais variadas formas — como buscando alternativas para redução da inflação interna, assertividade da previsão de vendas e por consequência redução nos estoques ou ainda contratando fretes de maneira otimizada —, contribuímos fortemente para a maximização dos resultados para a Condor", conclui.

Cleison Adinon Alves comanda a complexa operação logística que garante a presença da Condor em todas as cidades brasileiras e em mais de 20 países. Como Gerente de Supply Chain, seu foco vai além da eficiência operacional tradicional: prioriza a disponibilidade dos produtos no pós-venda, garantindo que os clientes rentabilizem seus negócios e que os consumidores tenham suas necessidades atendidas. Cleison lidera o fortalecimento dos processos de S&OP (Sales and Operations Planning) e S&OE (Sales and Operations Execution), tornando o planejamento de demanda mais robusto e elevando o nível de SLA (Service Level Agreement). Para ele, supply chain de excelência combina expertise de times focados com tecnologias avançadas, promovendo integração entre áreas e proximidade com fornecedores como fomento para oportunidades e inovação.

Voando alto rumo ao futuro

Quando Alexandre Wiggers fala sobre os próximos 10 anos da Condor, seus olhos brilham com a mesma intensidade de quem acabou de assumir a liderança, mas sua voz carrega a serenidade de quem compreende profundamente o peso de uma história quase centenária. "Vamos continuar voando alto, como foi o sonho do nosso fundador", sintetiza o CEO, em uma frase que é ao mesmo tempo declaração de propósito e compromisso geracional.

Mas o que significa, exatamente, voar alto para uma empresa que já está no topo? Para Wiggers, a resposta está na capacidade de manter-se relevante sem perder a essência. "A Condor tem tecnologia de ponta, é inovadora, aposta em tecnologias novas como gestão de dados e IA, porém são as pessoas que tomam decisões. Uma equipe capaz, atenta, organizada potencializa os resultados", explica o presidente, reforçando que o futuro da empresa não será construído apenas com algoritmos e automação, mas com a inteligência humana que sabe interpretar dados, tomar decisões éticas e manter viva a cultura organizacional.

Alexandre Wiggers, CEO da Condor, personifica a trajetória de crescimento dentro da Condor. Começou aos 16 anos como office-boy, após deixar o sonho de ser jogador de futebol profissional no Joinville Futebol Clube. Formado em Contabilidade, foi galgando posições, transitando entre as áreas de contabilidade e finanças, até chegar à posição de Diretor Administrativo e Financeiro, sendo posteriormente convidado, em 2012, para assumir a Presidência da empresa. É um dos diretores-presidentes não familiares de longa data, com 37 anos de empresa, e se destaca pela trajetória sólida e comprometida à frente da companhia.

Nos últimos cinco anos, a Condor dobrou de faturamento e, na última década, triplicou. Contador por formação, Wiggers é defensor ativo da governança corporativa e participa de painéis e eventos sobre o tema. Sua gestão equilibra a tradição de quase um século da empresa com a inovação tecnológica, sempre mantendo as pessoas no centro das decisões estratégicas.

Governança madura e ESG como alicerces do futuro

O modelo de governança da Condor é, para Wiggers, uma das bases desse futuro sustentável. "Começou com os acionistas se organizando há mais de 30 anos e hoje já faz parte da realidade com conselho de administração ativo e comitês que dão agilidade aos temas mais relevantes", detalha. Essa estrutura madura permite que a empresa navegue com segurança em águas turbulentas, tome decisões ágeis sem perder a visão de longo prazo e, principalmente, preserve os valores que a trouxeram até aqui enquanto abraça as transformações necessárias para o amanhã.

A questão ESG, tão em voga no mundo corporativo atual, não é novidade na Condor. "Temos ESG na nossa agenda ao longo de nossa história, cuidando das pessoas e muito próxima da sociedade, atuando com pós-consumo, já investindo em uma fábrica de reciclagem quando o tema ainda era desconhecido, há mais de 50 anos", revela Wiggers com orgulho. Essa visão pioneira coloca a empresa não como seguidora de tendências, mas como protagonista de um movimento que sempre entendeu responsabilidade corporativa como parte indissociável do negócio.

O presidente é categórico ao falar sobre o equilíbrio entre crescimento e responsabilidade: "Convivemos naturalmente com esse equilíbrio de eficiência, investimentos em novas frentes e a responsabilidade social. Inovando, crescendo, trazendo novidades para o mercado brasileiro." Essa naturalidade não é acidental — é resultado de décadas cultivando uma cultura em que lucro e propósito não competem, mas se complementam.

Liderança que integra sem centralizar

Quando questionado sobre como cultiva a autonomia e, ao mesmo tempo, a unidade de propósito entre as áreas da empresa, Wiggers revela sua filosofia de liderança: "Eu tenho como característica o trabalho em equipe e com a equipe. Temos momentos no mês onde estamos todos juntos discutindo desempenho, estratégia, investimento, inovação. Todos da equipe têm a possibilidade de acompanhar todas as áreas." Esse modelo de gestão integrada, onde cada executivo conhece não apenas sua área mas compreende o negócio como um todo, cria líderes multidimensionais capazes de tomar decisões que beneficiam a empresa inteira, não apenas seus silos.

"Temos metas claras, processo de acompanhamento, somos muito disciplinados nisso. O modelo é favorável à delegação, à autonomia e ao mesmo tempo desenvolve a equipe", complementa o CEO, evidenciando que disciplina e flexibilidade não são opostos, mas parceiros necessários em uma organização complexa e dinâmica.

96 anos de história e um futuro construído com pessoas

Olhando para o horizonte, Wiggers vê oportunidades em múltiplas frentes. A expansão para o mercado externo, com foco nas Américas, é uma delas. A diversificação do portfólio, já robusto com mais de 2.000 itens distribuídos em seis categorias, continuará sendo alimentada pela escuta atenta do mercado e pela capacidade de transformar insights em produtos que realmente fazem diferença no dia a dia das pessoas.

A digitalização dos canais e o fortalecimento da presença multicanal são desafios que a Condor está preparada para enfrentar com a agilidade de uma startup e a solidez de quem atravessou quase um século. 

Mas talvez o mais importante seja a convicção de que o futuro da Condor será construído com pessoas e para pessoas. 

“Temos muito orgulho de falar que estamos em todas as cidades do país, que estamos em milhares de lares levando nossos produtos para ajudar no dia a dia dos nossos consumidores, e isso nos motiva e inspira profundamente”, afirma Wiggers, revelando que o maior ativo da empresa não está nos balanços financeiros, mas na confiança conquistada em cada lar brasileiro.

A meta de alcançar R$ 1 bilhão em faturamento não é apenas um número — é a materialização de um projeto de crescimento que respeita o passado, atende o presente e prepara o futuro. É a prova de que é possível crescer sem perder a alma, expandir sem diluir valores, inovar sem esquecer as raízes.

Alexandre Wiggers sintetiza essa visão com a simplicidade característica de quem domina a complexidade: a Condor continuará voando alto porque aprendeu, ao longo de 96 anos, que a altitude não se mede apenas pelos números de mercado, mas pela capacidade de elevar pessoas, comunidades e toda uma cadeia produtiva junto consigo.

É essa combinação — entre raízes profundas e asas abertas, entre valores humanos e resultados sólidos, entre tradição familiar e visão corporativa — que faz da Condor não apenas uma empresa do passado ou do presente, mas uma organização genuinamente preparada para o futuro. Um futuro que, como provam seus líderes, será construído com pessoas, para pessoas.



19 Nov 2025

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