No vibrante universo da dança, o Festival de Dança de Joinville brilha como um farol de criatividade e inovação. Desde sua primeira edição em 1983, o festival não apenas trouxe à tona o talento da dança no Brasil, mas também transformou Joinville na Capital Nacional da Dança. Com a expectativa de um 42º Festival repleto de novidades, o presidente do Instituto Festival de Dança de Joinville, Ely Diniz, compartilha sua visão sobre a evolução do evento e seu impacto cultural.
O Festival de Dança de Joinville nasceu com uma proposta ambiciosa, em um momento em que a dança, especialmente fora dos grandes centros urbanos, carecia de plataformas para se desenvolver. O evento cresceu de uma simples celebração de cinco dias para um grandioso festival de 13 dias, que abriga competições, cursos e espetáculos de renome mundial. O impacto cultural é inegável: Joinville se consolidou como um polo cultural vibrante, acolhendo festivais durante todo o ano e abrigando a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil. O festival não é apenas um evento; é um verdadeiro catalisador de transformação social, promovendo a dança entre os jovens com aulas gratuitas para mais de 2 mil alunos da rede pública e a construção do Museu da Dança, um marco na cultura brasileira.
Preparar um evento de tal magnitude é uma tarefa monumental. Com uma programação intensa que vai do início da manhã até a noite, a equipe enfrenta desafios significativos. Diniz destaca que a coordenação de milhares de participantes e espectadores requer planejamento meticuloso, que se inicia 11 meses antes do festival. A equipe, comprometida e bem preparada, trabalha arduamente para garantir que tudo ocorra da melhor forma possível.
Com uma expectativa de 15 mil participantes, o festival continua a atrair talentos de todo o Brasil. O processo de seleção, que envolve especialistas avaliando coreografias, assegura um padrão de qualidade artística elevado. Para muitos bailarinos, ser selecionado para a Mostra Competitiva é uma conquista em si, elevando o nível de excelência.
Este ano, o festival promete surpresas emocionantes, incluindo a apresentação do espetáculo "School of Rock - The Musical". Essa performance permitirá que alunos aprendam e se apresentem sob a orientação de profissionais renomados, proporcionando um intercâmbio técnico e artístico valioso para os jovens talentos.
O sucesso do festival é impulsionado por parcerias estratégicas com o governo estadual e municipal, além de patrocínios. Diniz ressalta a importância do apoio financeiro, fundamental para a realização do evento e para o desenvolvimento de iniciativas sociais que ampliam o alcance do festival.
Para Diniz, o festival deve ser uma experiência inesquecível tanto para os participantes quanto para o público. Ele deseja que os artistas aprendam, se divirtam e que o público se encante com a dança, comparando o evento à "Disney dos bailarinos", onde a realização de um sonho se torna realidade.
A pandemia trouxe desafios sem precedentes, resultando na suspensão do festival em 2020 e na necessidade de rigorosas adaptações em 2021. No entanto, Diniz vê isso como uma oportunidade de aprendizado. A equipe aprendeu a se adaptar e a se preparar para crises futuras, reforçando a resiliência do festival.
Uma das iniciativas mais significativas é o Festival Acessível, que promove a inclusão, oferecendo oportunidades para grupos com pessoas com deficiência. Diniz acredita que todos devem ter a chance de se expressar através da dança, reforçando a missão de inclusão do festival.
A organização coleta feedback por meio de pesquisas anuais para aprimorar o evento. O compromisso de Diniz é garantir que o Festival de Dança de Joinville continue a ser relevante e inovador nos anos vindouros. A missão é clara: fomentar a dança e as artes no Brasil, sempre com o objetivo de transformar vidas.
Com uma história rica e um futuro promissor, o Festival de Dança de Joinville, sob a liderança de Ely Diniz, não é apenas um evento; é uma celebração da cultura, da inclusão e da paixão pela dança. O 42º Festival promete ser mais um emocionante capítulo nessa jornada de transformação e criatividade, reafirmando a importância da dança como uma forma de arte e meio de transformação social.